segunda-feira, 9 de maio de 2011

AÇAÍ CONTRA O CÂNCER

Um estudo publicado no International Dairy Journal mostra que a mistura da polpa do açaí durante a fermentação do iogurte pode ajudar a prevenir o câncer e fornecer nutrientes importantes para o nosso corpo. O açaí é geralmente conhecido por suas propriedades energéticas, deixou de ser uma fruta consumida por esportistas e foi incorporado ao cardápio dos brasileiros na forma de bebidas, doces, geleias e sorvetes nos últimos anos. O trabalho, coordenado pela professora Maricê de Oliveira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), concluiu que a fruta estimula a produção do chamado ácido linoléico conjugado (CLA) por linhagens de bactérias presentes na fermentação do iogurte. Segundo Maricê , o CLA, auxilia na prevenção de alguns tipos de câncer, como o colorretal, de estômago e de mama.
  O estudo também focou o potencial benéfico do açaí sobre o perfil lipídico do iogurte. Isso quer dizer que o açaí, ao ser misturado no iogurte, promoveu um aumento do teor de ácidos graxos benéficos à saúde. “Tais ácidos estão presentes em maior quantidade em gorduras de origem animal, mas cuja ingestão diária deve ser controlada”, afirma
Maricê. “Nosso experimento demonstrou que o iogurte desnatado probiótico fermentado com açaí contribui para a ingestão diária desses ácidos bons para o organismo sem aumentar a ingestão de indesejados alimentos gordurosos.”   Além disso, a polpa do açaí é rica em compostos que possuem uma reconhecida capacidade antioxidante. Essa propriedade da fruta assegura a melhor circulação sangüínea e faz a proteção do organismo contra o acúmulo de placas de gordura nas artérias.

GINKGO BILOBA

Décio Alves, presidente da regional carioca da Sociedade Brasileira de Fitomedicina, alertou que, o uso indiscriminado do fitoterápico ginkgo biloba, indicado para melhorar a memória e o desempenho cognitivo em idosos, pode causar efeitos colaterais sérios, danos hepáticos, pedras na vesícula, além de sangramentos e convulsões. Segundo ele, o ginkgo só deve ser usado com indicação e acompanhamento médico e que, a cada semestre de uso contínuo, é recomendável interromper a medicação por um ou dois meses. "É importante essa parada estratégica para não sobrecarregar os rins e o fígado."
  De acordo com o médico, o extrato da planta tem ação antioxidante e aumenta a
microcirculação sangüínea no cérebro. É indicado para reduzir os efeitos degenerativos do envelhecimento normal, além de poder combater a labirintite e o zumbido no ouvido, porém o medicamento só deve ser usado por pessoas que já apresentem déficit cognitivo. "Ele não tem efeito preventivo. Não adianta os mais jovens tomarem que não haverá resultado", afirma.
  Ainda que seja vendido como remédio nas farmácias, há médicos que divergem na sua indicação. O geriatra Luiz Roberto Ramos, chefe do centro de estudos do envelhecimento, da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz ser favorável ao uso do ginkgo biloba pelos efeitos antioxidantes. "É a mesma coisa da vitamina C e E. Desde que sob orientação médica, não há problemas na indicação", afirma.
  Já para o geriatra Wilson Jacob Filho, do serviço de geriatria do Hospital das Clínicas, não há comprovação científica de que o extrato de
ginkgo biloba seja eficaz. Na opinião do médico, os estudos que demonstraram melhoria na microcirculação também são inconclusivos. "Não há justificativa científica para prescrever o medicamento", afirma.

ENERGÉTICOS E ALCOOLISMO

Uma pesquisa, realizada nos Estados Unidos, verificou uma importante associação entre o consumo de bebidas energéticas e o risco de desenvolver alcoolismo. O estudo, publicado na edição de fevereiro da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research, avaliou dados de mais de 1 mil estudantes universitários, dos quais 10,1% disseram ingerir energéticos pelo menos uma vez por semana. De acordo com o trabalho, aqueles com elevado consumo de energéticos (52 vezes ou mais por ano) apresentaram risco significativamente maior de desenvolver dependência de bebidas alcoólicas e se embebedavam mais e mais cedo (com relação à idade) do que os demais.
  Também foi destaque na pesquisa, que os energéticos contêm bastante cafeína e podem levar ao desenvolvimento de outros problemas, além da perda de sono. A mistura de energéticos com bebidas alcoólicas pode levar a um estado de "embriaguez desperta", na qual a cafeína mascara a sensação de embriaguez sem reduzir os prejuízos causados pelo estado. Logo o usuário se sente menos bêbado do que realmente está, o que pode levar a consumir quantidades ainda maiores de bebida. Os autores destacaram, "Os resultados reforçam a necessidade de maiores investigações a respeito dos possíveis efeitos negativos para a saúde das bebidas energéticas e dos riscos de seu consumo misturado com o álcool”.
  Segundo
Amelia Arria, da Universidade de Maryland, um dos autores da pesquisa, "A cafeína não se opõe ou cancela os prejuízos associados com a embriaguez, ela apenas disfarça os marcadores mais óbvios desse estado. O fato de que não há regulação a respeito da quantidade de cafeína nas bebidas energéticas é desconcertante".