segunda-feira, 25 de abril de 2011

EXERCÍCIO FÍSICO, SAL E PRESSÃO ARTERIAL

Segundo um estudo apresentado num congresso da American Heart Association, nos EUA, a prática de exercício físico reduz o efeito que o sal provoca na pressão arterial sangüínea, logo, quanto mais se praticar exercício, menor é o impacto de uma dieta com elevado teor de sal no aumento da pressão arterial sangüínea.
  Durante duas semanas, os investigadores da
Tulane University School of Public Health & Tropical Medicine, em Nova Orleães, EUA, compararam este parâmetro em mais de 1900 participantes que, ao longo de sete dias, tinham adotado uma dieta com baixo teor de sal (três mil miligramas por dia) e, na semana seguinte, recorreram ao consumo excessivo deste ingrediente (18 mil miligramas diários). O questionário que avaliou a atividade física distribuiu os participantes por quatro grupos distintos, que variavam entre os fisicamente muito ativos até aos bastante sedentários. Em comparação com o grupo mais sedentário, a probabilidade de ser sensível ao sal, de acordo com a idade e o sexo do paciente diminui dez por cento no grupo que praticava pouca atividade, 17 por cento o grupo de participantes que praticava algum exercício físico e 38 por cento para os fisicamente mais ativos.
  De acordo com
Casey M. Rebholz, líder da investigação, os “pacientes deveriam ser aconselhados a aumentar a sua atividade física e a diminuir o seu consumo de sal.” Acrescentou ainda que, a restrição de sal é particularmente importante na redução da pressão arterial nas pessoas mais sedentárias.

BANANA CONTRA AVC

De acordo com uma pesquisa européia publicada na mais recente edição do periódico Journal of the American College of Cardiology, pessoas que comem três bananas todos os dias têm um risco até 21% menor de sofrerem um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo cientistas das universidades de Warwick, na Inglaterra, e de Nápoles, na Itália, o benefício da fruta para a corrente sangüínea tem como razão sua alta concentração de potássio.
  Os pesquisadores britânicos e italianos reuniram dados de 11 estudos diferentes - alguns deles datados da década de 1960 - e reavaliaram os resultados para produzir um relatório mais amplo a respeito do tema. A ingestão de 1.600 miligramas da substância - menos da metade da quantidade diária recomendada para um adulto - já seria suficiente para reduzir em 1/5 as chances de ocorrência de um derrame cerebral.
  Ao melhorar a fluidez do sangue, o potássio ajuda a evitar a formação de coágulos na corrente sangüínea, evitando, assim, o AVC. A substância também pode ser encontrada em verduras como o espinafre, além de castanhas, leite, peixes e lentilha. Cada banana possui cerca de 500 miligramas do nutriente.
  Pesquisas anteriores já apontavam a importância da banana no controle da pressão sangüínea, no equilíbrio dos fluídos do corpo e na prevenção de derrames, mas os resultados ainda eram inconsistentes. Segundo os cientistas responsáveis pelo estudo global, a ingestão de potássio está aquém do indicado na maioria dos países, o déficit do nutriente no organismo acarreta também problemas como arritmias cardíacas, irritabilidade, náuseas e diarréia.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ALONGAMENTO ANTES DA CORRIDA...PREVINE LESÕES??


Será que fazer alongamento antes de correr previne, nem causa contusões?
  Não, segundo um estudo divulgado na reunião anual da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS).
  O estudo foi feito com 2.729 pessoas que corriam 16 km ou mais por semana. Os corredores foram divididos aleatoriamente em dois grupos: 1.366 se alongavam antes de correr e 1.363 não faziam qualquer tipo de alongamento. O primeiro grupo alongava as pernas entre três e cinco minutos logo antes da corrida.
  Daniel
Pereles
, autor do estudo e cirurgião ortopédico disse: “Nós descobrimos que o risco de contusão foi o mesmo para homens e mulheres, e não houve diferença entre faixas etárias e distância percorrida”. Mas corredores mais velhos ou mais pesados e que haviam tido contusões nos últimos quatro meses ficaram mais suscetíveis a contusões.
   De acordo com o estudo, as pessoas mais propensas a sofrer contusões são as que têm um histórico de lesões crônicas ou tiveram alguma lesão recente; maior índice de massa corporal ou que costumavam alongar e passaram a não fazer o alongamento antes de correr.
  As lesões mais comuns contatadas no estudo aconteceram na virilha, nos calcanhares e no joelho.

ADOÇANTE ABRE O APETITE!!


Segundo estudo publicado na revista "NeuroImage", pesquisadores holandeses avaliaram a resposta do cérebro de dez pessoas antes e depois de tomar suco de laranja com açúcar ou adoçante. Para os especialistas, é melhor comer uma porção pequena de doce do que tentar enganar a fome com adoçantes. Doces ou bebidas com adoçante não dão a mesma sensação de prazer dos produtos feitos com açúcar. "Não conseguimos enganar nosso cérebro", afirma o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, da Sociedade Brasileira de Nutrologia.
  O resultado é que tanto a sensação de prazer quanto a vontade de comer doce foram diferentes nos dois casos. Para Cristiane Ruiz Durante, nutricionista do projeto de atendimento ao obeso do Hospital das Clínicas de SP, "Só a glicose causa liberação de neurotransmissores que dão a sensação de bem-estar, como a
serotonina”. Sem o prazer proporcionado pela glicose, quem come produtos diet pode acabar exagerando na quantidade. De acordo com Paulo Cunha, especialista em neuropsicologia do Instituto de Psiquiatria do HC, dá para comparar os adoçantes aos cigarros light.
  Para a nutricionista Cristiane Ruiz Durante, pessoas sem restrição ao açúcar não devem substituir doces por alimentos com adoçantes, ”prefiro indicar que a pessoa coma uma porção pequena de doce ou carboidrato. É melhor do que comer mais produtos
diet para tentar buscar a mesma sensação”, afirma a nutricionista.
  Segundo
Werutsky o principal vilão da dieta é a gordura, e não o açúcar. "O açúcar tem quatro calorias por grama, e a gordura tem nove. Evitar só o açúcar não resolve."
  De acordo com Ruy Lyra da Silva Filho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, uma contra-indicação ao adoçante se dar pela ação do ciclamato e da sacarina para hipertensos. "Ambos contêm sódio. As quantidades não são significativas, mas podem fazer a diferença quando somamos a outros alimentos com sódio", diz.

PIMENTA E SEUS BENEFÍCIOS

Conhecida por causar uma sensação de ardência em quem consome, a pimenta possui em sua composição uma substância ativa chamada capsaicina. Segundo a nutricionista Maria Adelaide Moreira dos Santos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ”é um composto fitoquímico alcaloide que confere o gosto picante às pimentas. Esse composto quando ingerido causa sensação de ardor, queimação e hiperemia (aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local). A pimenta também contém vitamina C, vitamina A, cálcio, ferro, vitamina B1, Niacina, vitamina B2 e fibra alimentar”.
  Maria Adelaide esclarece, que o consumo da substância
capsaicina libera endorfinas que, uma vez na circulação, causam a sensação de bem-estar, logo, por causa dessa sensação de bem-estar, a pessoa poderia estar mais receptiva ao sexo, sem que haja nenhuma influência direta no desejo sexual. Além disso, a capsaicina é ainda a responsável pelo efeito anti-inflamatório e antioxidante da pimenta, fazendo com que ela possa reduzir o risco de doenças crônicas, como alguns tipos de câncer e até o Mal de Alzheimer.
  Apesar desses fatores positivos, o consumo em excesso da pimenta pode levar a alguns problemas de saúde, como por exemplo,  hipertensão, problemas gástricos, como úlceras e problemas de refluxo
gastroesofágico, além das hemorróidas. Segundo a nutricionista, não há uma dose recomendável, mas "5 gramas/dia são aceitáveis".

VITAMINA D X GORDURA E PROBLEMAS ÓSSEOS

Um estudo recente na França mostrou que em mulheres idosas, os suplementos de vitamina D e cálcio podem reduzir o risco de fratura do quadril. A vitamina D é muito importante para a saúde dos ossos. No organismo, ela aumenta a absorção de cálcio pelo intestino e por isso assegura que o cálcio necessário chegue ao esqueleto, que contém 99% do cálcio total do organismo. Há dois tipos de vitamina que têm efeito similar ou idêntico: a vitamina D3 (colecalciferol) produzida quando a pele é exposta ao sol e a vitamina D2 (ergocalciferol) que é encontrada na dieta. A deficiência de vitamina D é freqüente em pessoas idosas.

O consumo de vitamina D teve maior expressividade nos últimos anos devido a sua ajuda no combate à obesidade. A vitamina D realmente tem efeito na metabolização da gordura, corta a produção do hormônio da
paratireoide e acelera a quebra de gordura no fígado.Porém pode ter sua ação potencializada por meio da prática de exercícios físicos regulares. Aliás, combinação das duas tem efeito muito benéfico para a saúde dos ossos e metabolismo geral, já que atividades como caminhar, correr ou pular corda, combinadas com exercícios de força, como a musculação terapêutica, facilitam a fixação do cálcio pelos ossos. O Dr. Benjamin Apter, médico especialista em Medicina Esportiva e Fisiologia do Exercício, explica que a reposição de vitamina D não pode ser feita indiscriminadamente, pois ainda não conhecemos exatamente o que a intoxicação por excesso pode causar. A reposição está recomendada quando os níveis séricos de vitamina D estão abaixo do padrão recomendado para cada faixa etária.

Apesar do potencial saudável da vitamina D, acredita-se que metade dos adultos e crianças tenha níveis abaixo do ideal da vitamina, e 10% das crianças sejam altamente carentes, segundo um relatório de 2008, publicado no “
The American Journal of Clinical Nutrition”.